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quinta-feira, 12 de abril de 2012

A vida...

Apesar do placar elástico (se é que pode se chamar assim) na disputa sobre o aborto dos anencéfalos, esta é uma discussão extremamente complexa.
A quem compete decidir quem vive e quem morre?
Quando a questão é avaliada diante do prisma mais racional possível, o “correto” é permitir a interrupção da gravidez, afinal de contas o bebê vai ter pouco tempo de vida. Talvez apenas algumas horas.
Mas existe diferença entre ser arrancado do útero, sufocado e esquartejado, ou ter uma morte digna deitado num berço e cercado dos cuidados daqueles que o amam.
Para muitos, não existe diferença, até porque o feto anencéfalo nem vai saber mesmo o que passa em sua volta. Mas é dever da humanidade respeitar a dignidade alheia.
E aí? Como fica?
Se eu soubesse, responderia no final deste artigo, mas não sei. Não consegui formar opinião e não gostaria de estar na pele dos ministros que decidem esses dilemas.
Só sei de uma coisa, apesar da decisão tomada, este assunto não se esgota por aqui.
E para mim não se trata de religião ou coisa parecida. Trata-se de algo que vai mais além do que orações, almas, perdão, paraíso purgatório...